Vereadores e representantes da Empresa Municipal de Água e Saneamento de Itabuna (Emasa) se reuniram nesta segunda-feira (15), na Câmara, para discutir a cobrança da taxa de esgoto. O tributo, embutido nas contas de água, é considerado injusto pelo vereador Ronaldo Geraldo, o “Ronaldão” (DEM), que solicitou a audiência pública para tratar do assunto. Na opinião do vereador, o ideal seria estabelecer uma taxa em percentual fixo de 15% do valor da conta de água (o índice hoje é de 70%). Ronaldão defende ainda que a cobrança exista somente onde há tratamento do esgoto, e não nos locais em que é feita somente a coleta, como acontece hoje. “A partir dessa audiência pública, daremos sequência à discussão na Câmara”, afirma o parlamentar. Outros vereadores, a exemplo de José Silva (PSDB), Carlito do Sarinha (PTN), Pastor Francisco (PRB), Ailson Sousa (PRTB), Júnior Brandão (PT) e Nadson Monteiro (PPS), também defendem a revisão da taxa de esgoto. Para José Silva, “apesar de ser necessário analisar o impacto financeiro de uma eventual redução da tarifa, é uma incoerência da Emasa cobrar pelo esgoto tratado onde não existe tratamento”. O presidente da Emasa, Ricardo Campos, sustentou a legalidade da cobrança e afirmou que, se houver redução da taxa de esgoto, a empresa será obrigada a repassar o impacto para os consumidores. “Se perdermos essa receita, entraremos em colapso”, alertou o gestor. Ele declarou ainda ter recebido a empresa com um passivo elevado, o que impediu maiores investimentos no sistema. Outro problema relatado pelo presidente da Emasa é a falta de controle do consumo de água em grande parte das residências, já que apenas 54% dos domicílios possuem hidrômetros. Segundo Campos, 4 mil desses equipamentos foram instalados em 2013 e outros 7.200 este ano. Quanto ao esgoto que é tratado, o índice não ultrapassa 14%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário