quarta-feira, novembro 12, 2014

Itabuna: revolta e indignação no sepultamento de frentista

“Mais um inocente é morto. Até quando?”. Este foi um dos questionamentos, carregados de indignação e revolta, transmitidos num cartaz. Sentimentos contidos também em frases escritas em outras faixas expostas num protesto pacífico, porém marcante, durante o sepultamento do frentista Rondineli Menezes Santos, de 33 anos. Junto com um corpo, foram sepultados ainda na tarde dessa quarta-feira (12), os sonhos de um rapaz, tido como honesto e trabalhador. Rodinele ou simplesmente “Roni”, como era carinhosamente chamado por amigos e familiares, foi vítima, possivelmente, de um latrocínio (matar para roubar). O crime aconteceu na tarde de terça-feira (11). O Viaduto Paulo Souto certamente será sempre lembrado como um cenário de uma tragédia, que levou não só uma vida, mas a alegria de uma família, que perderam um filho, um esposo, um sobrinho, neto, em mais um capítulo manchado pela violência. Os gritos de um pai ecoando pelo ar numa tarde chuvosa, diante do corpo do filho, morto com um tiro nas costas, são chocantes, sobretudo para quem testemunhou a dor e o desespero daquele homem. “Quem foi? Ninguém viu? Quem fez isso com meu filho? Não tenho nem palavras”, bradava o senhor. Um pai que, mesmo em meio à agonia da perca tão brusca e cruel, não perdeu a esperança que a Justiça seja feita. “Eu confio na polícia. Ela vai descobrir quem fez isso com meu filho. Meu filho não era vagabundo”, dizia. A Polícia Civil investiga o caso. Até o fechamento dessa matéria, nenhum suspeito havia sido preso. A motocicleta do frentista, que trabalhava no Posto Universal da rótula do bairro São Caetano, deve ser submetida à perícia, uma vez que, segundo testemunhas, o veículo foi abandonado pelos criminosos logo após a execução. A moto, uma Cinquentinha, estava com a corrente fora do lugar. O estrago pode ter motivado a desistência dos bandidos em prosseguir com a ação.

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