Putin lidera lista de poderosos da 'Forbes'; Dilma em 31º
O presidente Vladimir Putin volta a ocupar a primeira posição do ranking dos mais poderosos do mundo divulgado pela revista Forbes, pelo segundo ano consecutivo. O russo aparece à frente de Barack Obama, repetindo as colocações da lista de 2013. A Forbes lembra que Obama se encaminha para a reta final de seu governo abalado tanto pela crise do Ebola como pelo surgimento do Estado Islâmico, “que ameaça minar todos os ganhos de 9 anos de guerra no Iraque que custaram a vida de 4.500 americanos”. “Uma palavra resume seu segundo lugar no ranking: cautela. Ele tem o poder, mas tem sido cauteloso demais para exercê-lo plenamente”, define a revista. Nesta terça, outra má notícia para o presidente americano, que terá pela frente mais dois anos de mandato sem maioria em nenhuma das Casas do Congresso depois que os republicanos passaram à frente no Senado. Enquanto isso, a Rússia de Putin “parece cada vez mais um Estado nuclear nocivo, rico em energia, que tem um chefe incontestável, imprevisível e irresponsável que não se constrange com a opinião mundial ao perseguir seus objetivos”. As cinco primeiras posições ficaram inalteradas, com o presidente da China, Xi Jinping, em terceiro lugar, o papa Francisco em quarto e a chanceler alemã Angela Merkel na quinta colocação. A presidente Dilma Rousseff aparece na 31ª posição, à frente do bilionário Rupert Murdoch e da chefe do FMI, Christine Lagarde. Dilma, no entanto, sofreu uma queda significativa: na lista anterior, ocupava o 20º lugar do ranking. No perfil de Dilma, a publicação lembra que ela precisou disputar um segundo turno para garantir mais um mandato e cita a controvérsia sobre os gastos com a Copa do Mundo e a recessão como fatores que “impactaram a popularidade da líder da sétima maior economia do mundo”. O texto menciona ainda o encontro com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante a Copa, como uma “tentativa de reparar o relacionamento que azedou com as informações sobre a espionagem da NSA no ano passado”.
Entre os 72 nomes do ranking, um deles é no mínimo controverso: Abu Bakr al-Baghdadi, chefe do grupo terrorista Estado Islâmico. “Como autoproclamado califa de um amplo estado pan-islâmico em grande parte teórico, Baghdadi parece ser o mais fraco novo membro da nossa lista de mais poderosos – especialmente se você julgar sua provável expectativa de vida”, descreve a revista. “Mas, em um extremamente curto período de tempo, os combatentes do EI tomaram porções significativas do leste da Síria e do Oeste do Iraque, atraindo a atenção do planeta com uma série de decapitações bárbaras e conseguindo grandes quantidades de dinheiro, principalmente por meio de venda de petróleo no mercado negro”. “Ele chamou nossa atenção e também das pessoas que estão no topo da lista”, conclui a justificativa da Forbes. O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, aparece em 49º lugar, com destaque para sua “autoridade absoluta sobre um ‘reino eremita’ enferrujado de 25 milhões de habitantes”. O texto relembra o sumiço do ditador por seis semanas, levantando rumores sobre sua saúde e sobre possíveis disputas de poder, e seu ressurgimento em outubro, junto com relatos sobre o expurgo de seis altos integrantes do regime. A revista considera quatro fatores para selecionar os poderosos: sobre quantas pessoas exercem poder; os recursos financeiros sob seu controle; se têm influência em mais de uma esfera; e como utilizam seu poder para mudar o mundo. São destaque entre os estreantes o novo primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi (15º lugar), o marechal Abdel Fattah Sisi, que liderou o golpe no Egito e depois foi eleito presidente do país (51ª colocação), e o dono da companhia Alibaba e homem mais rico da China, Jack Ma (30º). Os Estados Unidos são o país com mais nomes na lista (26), mas a Forbes também destaca a presença de dezenove pessoas da região da Ásia-Pacífico, incluindo seis empresários. O ranking deste ano tem o mesmo número de mulheres que em 2013 (nove), que representam apenas 12% das pessoas mais poderosas do mundo. O percentual marca um grande contraste, já que as mulheres correspondem a 50% da população mundial. Em 2009, a lista da Forbes tinha somente três mulheres. (France-Presse)
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