sábado, dezembro 20, 2014

Tecnologia protegia quadrilha que agia na Prefeitura de Itaguaí

A lista com nomes de funcionários fantasmas da Prefeitura de Itaguaí/RJ ficava num computador que tinha um programa que deletava em segundos o arquivo. A estratégia era para apagar no menor espaço de tempo qualquer pista de irregularidade, caso a polícia entrasse de surpresa na sede do município, como aconteceu na quinta-feira, durante a Operação Gafanhoto, da Polícia Federal (PF). Para não ficar sem as informações, a quadrilha, que contava com o aval do prefeito Luciano Mota (PSDB) e é suspeita de desvio de verba pública, tinha em 13 pastas a cópia, feita manualmente, de toda lista. Foi uma funcionária do Centro de Processamento de Dados, da Secretaria Municipal de Administração, que entregou as pastas para a PF. Em cada uma delas, havia a inicial de um nome, que seria de vereadores que apoiam a gestão de Mota. O material ficava numa sala de acesso restrito e monitorada. “Cada pasta tem a ver com um vereador. Ela disse que nunca viu nenhuma daquelas pessoas (da lista), especialmente no prédio da prefeitura”, explicou o delegado Hylton Coelho.

Nenhum comentário: