RÁDIO ITABUNENSE

domingo, janeiro 18, 2015

Garoto foi detido uma semana antes de ser morto por PMs

Uma semana antes de ser morto por PMs da UPP do Complexo do Lins, Patrick Ferreira Queiroz, de 11 anos, foi levado por policiais da unidade à 26ª DP (Todos os Santos). Ele havia sido identificado como um menor que aparecia num vídeo gravado pelos próprios policiais dentro de uma boca de fumo na região da favela da Zona Norte conhecida como Cachoeira Grande cercado de jovens armados. Na delegacia, Patrick foi fotografado pelos agentes e liberado em seguida, por ter 11 anos e, por lei, não poder responder por crime. O menino foi atingido por um tiro de fuzil na axila por volta das 15h de quinta-feira. Segundo registro de ocorrência feito na 25ª DP (Engenho Novo), com Patrick foram apreendidos uma pistola calibre 9mm, um radiotransmissor e uma mochila com maconha, cocaína e crack. O delegado Niandro Ferreira, que acompanhou a perícia, registrou o caso como morte decorrente de intervenção policial. Os três PMs envolvidos no caso relataram na delegacia que atiraram porque viram a arma da mão do menino. Quando o delegado chegou ao local, a arma já havia sido recolhida pelos policiais. Ontem pela manhã, o pai de Patrick negou que o garoto estivesse armado quando foi morto por PMs. Daniel Pinheiro de Queiroz, de 48 anos, acusa os PMs de terem plantado a pistola que disseram estar nas mãos do menino. A Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) sustentou, por nota, a versão de que Patrick integrava o tráfico no local e estava, além da arma, com maconha, cocaína, crack e um radiotransmissor.

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