segunda-feira, janeiro 26, 2015

Morre o cantor Demis Roussos, aos 68 anos


O cantor grego morreu em Atenas aos 68 anos. A notícia foi confirmada ao Le Figaro pela filha de Roussos. Não são conhecidas as causas da morte. Era o cantor de Forever and ever, o companheiro de banda de Vangelis nos Aphrodite’s Child e uma das vozes (e rostos) mais populares do rock europeu da década de 1970. A notícia foi avançada no Twitter por Nikos Aliagas, jornalista da francesa TF1, e confirmada pela filha do cantor ao Le Figaro. Não foram reveladas as causas da morte.

Nascido Artemios Ventouris Roussos em 1946, em Alexandria, no Egipto, filho de pais gregos, Demis Roussos regressou com a família à Grécia em 1961. Uma primeira banda de versões sem história, os The Idols, daria lugar, em 1968, aos Aphrodite’s Child. O trio alcançaria grande êxito com Rain and tears, composto por Vangelis, e, com a edição de 666 deixaria para a História da música popular um clássico do rock progressivo. 666 foi editado em 1972, quando a banda já se separara para que Vangelis e Demis Roussos seguissem percursos a solo. E foi sob o seu próprio nome que Roussos alcançou o estrelato. We shall dance, o primeiro single, editado em 1971, foi a antecâmara para o sucesso massivo de Forever and ever ou Goodbye my love, goodbye.

Nos anos 1970 a sua voz, a sua barba, as túnicas coloridas e as lantejoulas cobrindo o corpo que, em 1980, atingiria os 147 quilos, formaram uma das imagens icónicas da década. Continuando a colaborar esporadicamente com Vangelis (na banda-sonora de Blade Runner ou na versão cantada da de Chariots of fire), prosseguiu a carreira a solo com edições regulares até muito recentemente. Demis, de 2009, foi o seu último álbum. Nesse mesmo ano, festejou os 40 anos de carreira com um concerto em Atenas, descrito como “gigante” no obituário da TF1. Ao longo da carreira terá vendido cerca de 40 milhões de álbuns. Bem-humorado, comentava desta forma à Paris Match o seu sucesso, no ano da celebração dos 40 anos. “Já vendi milhões desta porcaria… Não me arrependo de nada. Sempre soube adaptar-me, fazendo de forma a que a tua mãe adore [a música] mesmo quando lhe junto sons rock”.

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