Santa Maria reviveu ontem a dor da maior tragédia de sua história. Os dois anos do incêndio na Kiss, que causou a morte de 242 jovens, foram lembrados em um ato comovente, que teve início na Praça Saldanha Marinho, a uma quadra do que restou da boate.Vestidos de branco e em silêncio, familiares e amigos das vítimas começaram a chegar ao local às 19h, sob uma chuva mansa, que reforçava o clima de melancolia. Organizada pelo Movimento do Luto à Luta, a atividade foi a primeira de uma série de homenagens que se estenderão até a noite de hoje.– Não queremos que o caso fique no esquecimento. Queremos ver os responsáveis punidos – disse Flávio José da Silva, um dos líderes da entidade.A indignação diante do andamento lento do processo, com todos os envolvidos em liberdade, angustia a estudante Laís Bassi, 19 anos. No incêndio da Kiss, ela perdeu o vizinho e amigo Gustavo Marques Gonçalves.– A justiça que dizem estar fazendo não nos serve – afirmou.
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