quarta-feira, fevereiro 11, 2015

DNA de outra pessoa é encontrado no apartamento de Nisman

A Justiça da Argentina informou nessa terça-feira que especialistas forenses encontraram indícios de DNA de outra pessoa no apartamento onde o procurador-geral argentino Alberto Nisman foi encontrado morto. O próximo passo é compará-lo a uma amostra genética de uma pessoa cuja identidade foi mantida em sigilo. Segundo foi divulgado pelo Centro de Informação Judicial (CIJ), a juíza responsável pelo caso, Fabiana Palmaghini, convocou o indivíduo não identificado a se apresentar ao Corpo Médico Legista para coletar uma amostra do seu DNA "para realizar posteriormente sua comparação". Estes foram os primeiros rastros de outros perfis genéticos na cena da morte. Porém, poderiam pertencer a policiais, funcionários judiciais ou parentes que entraram no apartamento. Diego Lagomarsino, que o visitou na véspera de sua morte, também poderia ter deixado rastros de seu DNA no apartamento – como fios de cabelo, por exemplo. O procurador foi encontrado morto em seu banheiro no dia 18 de janeiro, com um tiro na cabeça e uma pistola ao lado do seu corpo. Quatro dias antes havia apresentado uma denúncia contra a presidente Cristina Kirchner e outros funcionários, alegando que ela encobriu iranianos suspeitos pelo atentado contra uma associação judaica em Buenos Aires no ano de 1994, e que matou 85 pessoas. As investigações ainda não chegaram a nenhuma conclusão sobre a causa da morte de Nisman, porém, o chefe de gabinete da presidente, Aníbal Fernández, declarou que tudo indica que o procurador-geral cometeu suicídio. Até agora só Lagomarsino, analista de sistemas que trabalhava com Nisman foi acusado, mas não por assassinato. Ele emprestou a Alberto Nisman a arma que tirou sua vida. (Reuters)

Nenhum comentário: