A desocupação da orla do Lago Paranoá voltou a ser discutida 10 anos após a ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Mas o anúncio da derrubada de muros e cercas em uma faixa de 30m a partir da margem, prevista para começar até 15 de maio, esbarra em uma realidade complexa e já consolidada. O terreno em frente ao espelho d’água virou, ao longo do tempo, espaço de lazer dos moradores, com píeres, churrasqueiras, piscinas, quadras de esporte, entre outros.Na primeira etapa, só muros e cercas da QL 12 do Lago Sul — a Península dos Ministros — e da QL 2 do Lago Norte serão derrubados. Em dois anos, toda a orla deverá estar livre de cercamento. Concluída essa fase, o governo vai estudar um destino às construções que sobraram em Área de Preservação Permanente (APP). O Correio percorreu a orla do lago, com apoio do 1º Pelotão Lacustre da Polícia Militar Ambiental do DF, e verificou a ocupação em boa parte da margem do espelho d’água, sem respeitar o limite de 30m. Salvos alguns casos, as margens, em sua maioria, são áreas públicas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário