domingo, março 29, 2015

Milícia faz favela crescer para explorar morador e lucrar mais

De barraco em barraco, a favela cresce e enche o bolso da milícia. É como num passe de mágica: uma invasão loteia o terreno e começam a pipocar centenas de casinhas. Logo, logo serão novos moradores dentro da comunidade e mais clientes para os paramilitares faturarem ainda mais com a venda (forçada) do chamado kit-milícia de serviços: gatonet, gás, transporte clandestino e segurança privada. Líder do grupo que domina seis comunidades na Praça Seca, em Jacarepaguá, o ex-sargento da Polícia Militar Luiz Monteiro da Silva, o Doem, em dez anos, praticamente dobrou o número de moradores com ocupações irregulares. Esticou seus territórios sobre áreas de proteção ambiental, sítios abandonados e terrenos públicos. Saltou de pouco mais de 6 mil moradores, em 2006, para 13 mil no ano passado. Em todos os negócios, a quadrilha de Doem lucrou pelo menos em duas etapas: na venda dos terrenos e, depois, com a oferta dos “serviços”. Para ampliar ainda mais o faturamento, chegou a criar em sociedade com a mulher, em 2010, a Uru12 Doem Construções, uma loja de material de construção na comunidade da Chacrinha.

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