O opositor venezuelano Rodolfo González, preso durante a onda de protestos contra o governo de Nicolás Maduro no ano passado, foi encontrado morto na madrugada desta sexta-feira na cela que ocupava. As circunstâncias da morte ainda não estão claras, mas representantes da oposição afirmam que ele cometeu suicídio. González, de 64 anos, foi preso em sua residência no dia 26 de abril de 2014, acusado de "associação para o crime, porte de explosivos e tráfico de armas de fogo". Desde então, era mantido em uma cela do Serviço Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional, a polícia política venezuelana. O advogado José Vicente Haro disse que seu cliente estava angustiado nos últimos dias por ter sido informado sobre sua transferência de Caracas para o presídio de Yare, no centro do país, para onde são levados presos de alta periculosidade. O Ministério Público informou ter designado um promotor para investigar as circunstâncias de morte. O ex-capitão da aviação civil foi preso com base na denúncia de um dos chamados "patriotas cooperantes", simpatizantes do governo que fazem denúncias anônimas. Dois dias depois da prisão de González, Maduro o acusou em rede nacional de ser "um dos cérebros da conspiração opositora". Para a filha de González, Lissette, o discurso de Maduro constituiu uma "ordem direta pela TV" para que o poder judicial culpasse seu pai, apesar de não serem apresentadas provas contra ele. Em um blog criado após a prisão, Lissette denunciou revistas e prisões arbitrárias. (Veja)
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