Um total clima de incerteza e insegurança tem feito parte da rotina dos produtores de leite do Sul da Bahia, desde que surgiram os primeiros sinais de que a Linha de Processamento de Leite da Nestlè encerraria suas atividades em Itabuna. A multinacional, que até então mantinha uma relação de parceria “saudável” com os produtores de leite, repentinamente reduziu a captação em volume, o preço pago por litro de leite e encurtou o raio de captação. Reconhecendo que trata-se de uma atividade agropecuária com maior capacidade de geração de emprego e renda, e temendo os possíveis efeitos sociais na Bacia Leiteira local decorrentes do fechamento da fábrica, a Associação dos Agropecuaristas do Sul da Bahia (Adasb) luta em defesa dos interesses da cadeia produtiva do leite. “Queremos saber os motivos que levaram a Nestlè à adoção dessas medidas, e se essa política é transitória ou se a captação voltará ao normal”, questiona o presidente Elder Fontes. Produtores locais afirmam que após essa nova política a Nestlè reduziu o preço pago pelo litro de leite de aproximadamente R$ 1,15 para R$ 0,85, encurtou o raio de captação para área inferior a 100 km da fábrica, além da quantidade captada. Informações ainda dão conta de que a multinacional tem importado leite desidratado de países do Mercosul, em detrimento da bacia leiteira local.
Nenhum comentário:
Postar um comentário