Itabunense é preso por matar filha de ex-secretário de Mucuri
Está preso na carceragem da Delegacia da Polícia Civil de Barreiras, no oeste baiano, o itabunense Rômulo Fonseca Gonçalves, de 23 anos, homicida confesso da estudante de enfermagem Juliana Camila Lopes Morais, de 26 anos, filha de Rui Morais, ex-secretário de saúde de Mucuri na gestão do ex-prefeito Roberto Figueiredo Costa, mais conhecido como Robertinho. A vítima, natural de São José da Vitória, tinha se mudado para o oeste do estado, onde estudava enfermagem na Faculdade São Francisco de Barreiras. Segundo a polícia, Juliano foi morta no último dia 24 de fevereiro, mas teve o seu corpo encontrado dois dias depois, num loteamento abandonado. Para desvendar o crime a Polícia Civil fez buscas no celular e computador localizados na casa da vítima e nos dois aparelhos descobriu que o assassino, que apesar de chamar-se Rômulo, usava o codinome Thiago para seduzir suas vítimas em salas de bate papo nas redes sociais. Homicida e vítima se comunicavam somente via internet e até então era desconhecidos, mas quando se encontraram pela primeira vez, descobriram que já se conheciam da cidade de São José da Vitória.
Segundo informa o site Fala Barreiras, pelo menos duas mulheres foram convencidas através das redes sociais e caíram na lábia do suposto psicopata. Uma delas conseguiu escapar com vida, mas Juliana não teve a mesma sorte. A segunda vítima do maníaco foi a garota de programa Lorena Maria Campos de Brito, de 30 anos. Natural de Goiânia/GO., ela estava residindo em Luís Eduardo Magalhães, quando foi atraída por Rômulo para um ‘programa’ em Barreiras. Em depoimento à polícia, a garota disse que depois de tudo combinado, já no dia 16 de abril, os dois se encontraram com planos de irem até um motel da cidade, mas a caminho do estabelecimento, ela desconfiou da postura de Rômulo e do local para onde estavam indo. Enquanto discutiam ela conseguiu descer do carro, onde foi perseguida e ferida a tiros deflagrados pelo homicida, só escapando da morte após gritar por socorro. Na manhã seguinte, populares encontraram uma bolsa caída em uma rua do bairro Cidade Nova, às margens da BA 447 e acionaram a Polícia Militar. A bolsa feminina foi recolhida pelos militares e entregue a Polícia Civil para investigações, uma vez que estava manchada de sangue. Lorena foi socorrida pelo Samu e encaminhada ao Hospital do Oeste, onde se recupera dos ferimentos causados pelos tiros. Mesmo hospitalizada, a jovem foi fundamental nas investigações, reconhecendo que Rômulo foi o homem que havia tentado matá-la. A delegada Marineide Pires e agentes da Delegacia de Homicídio de Barreiras já tinham traçado o perfil do assassino de Juliana Camila, que batem com as características de Rômulo, também confirmado por Lorena. Após ser detido, Rômulo acabou confessando o homicídio e a tentativa de homicídio. No caso de Juliana, Rômulo informou que após o encontro no motel, localizado no mesmo bairro onde a jovem foi assassinada, eles discutiram, momento em ele decidiu executar a estudante de enfermagem. Rômulo alegou para a polícia que sofre de ”bipolaridade mental” e que após transar com as garotas era possuído por uma sede agressiva contra suas vítimas. Ele alega que buscou tratamento psiquiátrico e vinha sendo assistido por um psiquiatra da cidade de Barreiras. De acordo com a delegada Marineide Pires, Rômulo também foi denunciado por uma adolescente de 16 anos por estupro. Ele está sendo investigado por outra equipe da Polícia Civil sobre esta acusação. O criminoso também foi denunciado na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), por outras vítimas. Também pesam contra ele denúncias de três garotas de programa de uma casa de prostituição em Barreiras. As vítimas dizem que ele recusou-se a pagar pelos programas e ainda as agrediu. Rômulo está detido por força de um mandado de prisão temporária pedido pela delegada Marineide Pires e atendido pela Justiça da comarca criminal de Barreiras. Segundo Marineide Pires, a prisão será de 30 dias, pelo crime de homicídio contra Juliana, sendo prorrogável por igual período, a depender de novidades no caso. Nesse período deve ser formalizado o pedido de prisão preventiva à Justiça. (Teixeira News e Fala Barreiras)
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