domingo, junho 14, 2015

Quase 300 mil crianças e jovens até 17 anos trabalham na Bahia

Atualmente no Brasil, aproximadamente 3,1 milhões de crianças e adolescentes, entre 05 e 17 anos, ainda trabalham. Na Bahia, são mais de 291 mil crianças e adolescentes nesta situação. A inserção precoce no mundo do trabalho, além de causar danos à saúde, impede o desenvolvimento pleno das capacidades e potencialidades de crianças e adolescentes. Na tentativa de diminuir esses números, Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da Bahia – SRTE/BA realizou recentemente uma operação em uma das áreas de emprego onde os casos são mais recorrentes. As redes de estabelecimentos que oferecem alimentação, os famosos “fast-foods”. Os números foram divulgados em alusão ao Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, comemorado ontem (12). Trabalho infantil é toda atividade realizada por pessoas que tenham menos da idade mínima permitida para trabalhar. No Brasil, o trabalho não é permitido sob qualquer condição para crianças e adolescentes entre zero e 14 anos; a partir dessa idade pode-se trabalhar como aprendiz; já dos 16 aos 18, as atividades laborais são permitidas, desde que não aconteçam das 22h às 5h, não sejam insalubres ou perigosas e não faça parte da lista das piores formas de trabalho infantil, entre elas tráfico de entorpecentes e prostituição. De acordo com a coordenadora do projeto de combate ao trabalho infantil da SRTE, Maria Teresa Campos, até mesmo aquela ajuda extra aos pais no comércio da família, após a aula, é considerado exploração infantil. Durante as visitas nas redes de fast-food, 261 ações foram realizadas, e 79 jovens afastados. Numero menor do que em 2014, quando 340 crianças foram encontradas em cenário de exploração infantil. Entre as atividades onde é possível encontrar um número maior de trabalho infantil estão os lava-jatos, oficinas mecânicas, marcenarias, serralherias e borracharias.

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