O vídeo de uma criança de 10 anos decapitando um refém, divulgado por extremistas do Estado Islâmico, voltou a chocar o mundo. A imagem sugere a decapitação de um oficial do Exército sírio por uma criança-soldado recrutada pelo grupo terrorista. Esta é a primeira ocorrência do tipo já documentada no monitoramento do conflito na Síria, afirma o Observatório Sírio de Direitos Humanos. O Estado Islâmico já usou imagens de crianças de 10 anos apontando pistolas contra reféns, antes da execução, que causaram revolta à comunidade internacional. O menino que aparece na execução do oficial sírio está entre centenas dos chamados ‘Filhotes do Califado’. São jovens cujas idades variam de 10 anos até a adolescência, que recebem treinamento militar e são doutrinados no pensamento extremista. As crianças são recrutados perto de escolas, mesquitas e em áreas públicas onde o Estado Islâmico opera. O oficial sírio foi capturado pelo grupo militante após a tomada de controle da cidade de Palmira, em maio, a leste de Homs, de acordo com Rami Abdul Rahman, chefe do Observatório Sírio, com sede na Grã-Bretanha. Ele disse ter recebido uma cópia do vídeo. "Este é o primeiro caso do tipo de uma decapitação feita por uma criança”, disse Rahman. O Estado Islâmico tem decapitado ou fuzilado civis e combatentes sírios, trabalhadores humanitários estrangeiros e jornalistas. O EI fundou um califado desde junho de 2014 e com uso do terror afirma autoridade religiosa sobre todos os muçulmanos do mundo, aspirando tomar o controle de regiões de maioria islâmica, no Oriente Médio.
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