Um fato inusitado da Justiça Baiana chama a atenção, e, para uma reflexão, após segundo o Site Bahia Noticias, a descoberta do jornalista Pablo Reis, a existência de um processo intimando Geovane Mascarenhas, morto por policiais da Rondesp em Salvador, no dia 2 de agosto do ano passado (2014), a comparecer à Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas de Salvador, sob pena de ser preso caso não se apresente em uma audiência a ser marcada. Segundo o Bahia Notícias, Geovane Mascarenhas, é réu em uma ação penal por roubo de duas adolescentes, cometido em 2011. No dia 5 de agosto foi intimado, estando já enterrado há quase um ano, na cidade de Serra Preta de onde era natural. De acordo com o portal, a intimação de um réu já morto pode parecer estranha, mas é mais comum do que se imagina, haja vista que não há comunicação entre os sistemas dos poderes públicos, inclusive, do próprio Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que não dialoga com os cartórios que emitem certidões de óbito. Cabe as partes que tem conhecimento do óbito comunicar a Justiça para baixa do processo. O processo contra o réu só vai para a Vara de Execução de Penas após ser sentenciado pela Vara Criminal.
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