O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não digeriu por completo as declarações de Fernando Henrique Cardoso sobre suposto pedido de parlamentares para que ele ocupasse uma diretoria da Petrobras no governo do tucano. O ex-presidente afirmou em um livro que negou o pedido porque o parlamentar "tinha trapalhadas". "Fernando Henrique não precisa de escada em mim para poder promover o livro dele", diz Cunha. "Mas eu, por questão de educação, não vou remeter a fatos pretéritos da época em que eu estava na Telerj." O peemedebista presidiu a telefônica do Rio nos governos de Fernando Collor e no início do de Itamar Franco, em que FHC foi chanceler e ministro da Fazenda. Cunha segue: "Eu não preciso fazer o que ele fez. No dia em que eu escrever o meu livro, aí eu coloco [fatos da época em que comandou a Telerj, no governo de Fernando Collor e em parte do governo de Itamar Franco]". O parlamentar diz ainda que não pleiteou cargo algum na Petrobras porque não queria voltar à vida pública. (Mônica Bergamo)
Cunha assusta velhos aliados e já mira sucessor
Mas que ninguém imagine que Eduardo Cunha entregará o poder sem luta. A propósito, Cunha tem conversado com seus aliados lembrando-os de como os ajudou nos últimos anos. E ajuda, neste caso específico, significa fundos que Cunha sempre foi um craque de levantar junto às empresas. Alguns deputados saem assustados dessas conversas. Hoje, não há um candidato natural para suceder Eduardo Cunha se ele cair. Cunha, entretanto, já trabalha um nome com carinho - o de André Moura , do PSC de Sergipe e um dos seus fieis escudeiros. Moura que, aliás, responde a cinco inquéritos no STF, integra a bancada evangélica. (Lauro Jardim)
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