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31 outubro 2015

Marcelo Odebrecht não explica movimentações na Suíça

O presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, entregou ao juiz Sérgio Moro um “autointerrogatório” onde nega ter qualquer gerência sobre contratos suspeitos e disse que o Ministério Público Federal distorceu os fatos para prendê-lo. O documento foi protocolado na Justiça Federal antes do seu primeiro interrogatório ao juiz, que ocorreu nesta sexta-feira. Nele, ele tenta se distanciar totalmente do comando da empresa, mas não explica por que contas de offshores usadas para pagar propina a ex-diretores da Petrobras estavam vinculadas a Odebrecht. Antes de começar o depoimento, o executivo pediu a Moro para fazer uma exposição. Ele disse que sempre se mostrou disposto a colaborar com a Justiça, mas que a força tarefa da Operação Lava-Jato nunca o convocou para prestar esclarecimentos. Por mais de dez minutos, reclamou de sua prisão, a qual jugou insustentável. — Para suprir a absurda falta de provas contra mim, esses repetitivos vazamentos vem sendo acompanhados por ilações e interpretações não apenas descontextualizadas como inverídicas — reclamou o executivo a Moro. O juiz tentou questionar ele sobre as movimentações na Suíça, mas ele disse que tudo estava respondido por escrito e ignorou as questões feitas. Na petição de 19 páginas com 60 perguntas feitas por ele e seus advogados, Marcelo reconhece que a Odebrecht tem contas no exterior, mas diz não conhecer as contas e movimentações apontadas pelos investigadores como fonte de pagamento de propina da empresa a funcionários da Petrobras.

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