quarta-feira, outubro 21, 2015

Oposição pede saída de Cunha, mas mantém foco em Dilma

Sem nenhum representante do Solidariedade, partidos de oposição fizeram nesta terça-feira, uma manifestação pública no Salão Verde da Câmara dos Deputados pedindo o afastamento do presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da função. Pressionados, os oposicionistas reiteraram a nota divulgada no dia 10 defendendo a saída do peemedebista, mas deixaram claro que o foco do grupo é aprovar o início do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. PPS, DEM e PSDB disseram reconhecer que as denúncias contra Cunha são "gravíssimas" e que pretendem "acompanhar de perto" o processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética. O Solidariedade - partido cujo presidente, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), é alinhado de Cunha - não participou da entrevista coletiva. O PSB, que na semana passada abandonou a defesa aberta do impeachment de Dilma, também não acompanhou os líderes da oposição. Os líderes disseram que não podem forçar Cunha a renunciar e que cabe ao Conselho de Ética levar adiante o processo que pode culminar com a perda do mandato parlamentar. Para os oposicionistas, a defesa pública do afastamento já é uma ação política de pressão. "Não tenho dificuldade em me manifestar em plenário", disse o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), diante da insistência dos jornalistas. Os oposicionistas reagiram hoje após a informação de que a base aliada havia sido orientada pelo Palácio do Planalto a poupar Cunha. Entretanto, a decisão de voltar a defender a saída de Cunha - importante aliado no processo de impeachment - não foi unânime nas bancadas. Amanhã, os partidos de oposição vão protocolar um novo pedido de abertura de processo de impeachment assinado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal. "Queremos ver o impeachment da mãe do 'Petrolão'", afirmou o líder do PPS, Rubens Bueno (PR).

Nenhum comentário: