O soldado Neandro Santos de Oliveira pode ter sido torturado antes ser executado por traficantes do Complexo do Chapadão, em Costa Barros. Os detalhes da captura do policial militar pelos bandidos foi dado por um integrante da quadrilha preso nesta terça-feira por agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC). Antes do relato do criminoso, o Instituto Médico-Legal (IML) confirmou, através de exame de arcada dentária, que era de Neandro o corpo carbonizado encontrado semana passada dentro de um Prisma, em Nova Iguaçu. Preso nesta terça-feira junto com sete comparsas, o traficante, de 18 anos, confirmou aos policiais que, na noite de 12 de outubro, um ‘bonde’ com cerca de 20 traficantes atravessava para o Chapadão. Parado na Estrada da Alcobaça, Neandro teria se assustado ao deparar com os criminosos. Ainda segundo o relato do preso, Neandro foi levado baleado para a localidade Final Feliz — no alto do morro, onde o tráfico costuma punir suas vítimas — para a tortura e a execução. Para a família do soldado, a confirmação de que é dele o corpo causou tristeza e revolta com a ausência dos órgãos de defesa dos Direitos Humanos durante as buscas. Para esses órgãos, segundo o cunhado da vítima, “a vida do policial é insignificante”. Além do traficante que detalhou a ação dos comparsas, a DRFC no Chapadão prendeu seis suspeitos e apreendeu um menor, grande quantidade de drogas e mais de 100 munições.
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