O rompimento da barragem de rejeitos de mineração da Samarco, que é controlada pela Vale e a BHP, será investigado também pela Polícia Federal (PF). O pedido de apuração por parte da corporação foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF). O inquérito foi aberto nesta terça-feira para verificar os crimes ambientais provocados pela tragédia. Paralelamente, a Polícia Civil também abriu inquérito para investigar as causas do rompimento da mina de Fundão. De acordo com a PF, a abertura de inquérito aconteceu porque os rejeitos atingiram o Rio Doce, que é bem da União, já que banha mais de um Estado. A corporação vai apurar os possíveis crimes previstos no artigo 54, § 2º, incisos I, II e III, e 62, da Lei nº 9.605/98, que trata de delitos ambientais. A lama de rejeitos de mineração segue causando devastação por cidades banhadas pelo Rio Doce. Para tentar amenizar a situação, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), decretou situação de emergência para todos os municípios atingidos diretamente com a tragédia na Região do Rio Doce. Com isso, os Municípios podem realizar compras sem licitação e os moradores resgatarem o Fundo de Garantia. O decreto é válido por 180 dias. Com a passagem da lama, municípios banhados pela Rio Doce vêm sofrendo as consequências. Peixes estão morrendo e o abastecimento comprometido. Em Governador Valadares, a situação é a mais tensa. Por causa do corte no abastecimento, longas filas se formaram na cidade para os moradores receberem doações de água mineral. Confusões são registradas diariamente por causa da situação.
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