Moradora de Bangu, a secretária Helena Albuquerque, de 39 anos, não abre mão de ir para o trabalho, em Campo Grande, num ônibus com ar-condicionado. Sob o argumento de que paga para ter um serviço de qualidade, Helena é daquelas que esperam o tempo que for necessário para ter um mínimo de conforto: chega a ficar no ponto meia hora até passar um ônibus refrigerado. Mas, às vésperas do verão, que promete ser escaldante, muitos cariocas ainda são obrigados a viajar em "quentões". Um levantamento feito pelo GLOBO semana passada, em pontos de Copacabana, Cascadura, Bangu e Barra, indica que, na prática, a chance de embarcar num veículo sem ar é bem maior do que a de pegar um coletivo "com clima de montanha". Dos 320 ônibus que pararam nos pontos, apenas 111 (34,68%) eram climatizados. Não é um retrato da frota, apenas uma amostragem, já que nem a Secretaria municipal de Transportes nem o Sindicato das Empresas de Ônibus (Rio Ônibus) quiseram informar o percentual de coletivos refrigerados.
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