
O Banco Central concluiu que está "inapelavelmente caracterizado" o vínculo do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com investimentos no exterior, por ser o beneficiário de "trustes" e por ter seu nome na constituição deles. O parecer de técnicos do BC foi enviado na última quarta-feira (6) para o Conselho de Ética da Casa. A informação foi divulgada neste sábado (9) pelo jornal "Folha de S. Paulo" e confirmada pelo G1. De acordo com a avaliação do BC, o deputado deveria ter declarado esses recursos à Receita e ao Banco Central. Cunha alega não ter contas bancárias nem ser proprietário, acionista ou cotista de empresas no exterior. Ele admite, porém, ser "usufrutuário" de ativos mantidos na Suíça e não declarados à Receita Federal e ao Banco Central porque, segundo afirmou, são recursos que obteve no exterior, mantidos em contas das quais não é mais o titular.
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