“Ninguém quer ficar ali, está todo mundo pedindo baixa”, conta um policial da UPP Vila Cruzeiro, sob condição de anonimato. Ele se refere a uma base de patrulhamento situada na Rua Ardiria, na comunidade da Cascatinha, Complexo da Penha, utilizada também por PMs da UPP Parque Proletário. Ali, um empilhado de blocos de concreto é a única proteção dos agentes contra os ataques constantes de bandidos, como comprovam as várias marcas de tiros tanto na própria barricada improvisada quanto num poste em frente.— Vem bala de cima, por trás, do lado. É tensão sem parar. E, se sairmos dali, perdemos a favela — diz outro PM, também sem expor a identidade.Entre os policiais, o ponto exato onde está a base — na localidade conhecida como Vinte e Nove — é chamado de “esquina do pecado”. A despeito da estrutura precária, a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) descreve o local como um “ponto de fortificação”.
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