O cantor e compositor americano Bob Dylan, autor de hinos dos anos 1960 como Blowin’ in the Wind, cantado e recantado por Eduardo Suplicy no Congresso Nacional, foi anunciado nesta quinta-feira como o vencedor do Nobel de Literatura 2016. A Academia Sueca destacou a contribuição de Dylan, 75, um músico que mesclou influências do folk à intensidade da poesia beatnik no início da carreira, para a tradição do cancioneiro americano, na qual “criou novas expressões poéticas”. O anúncio, mais uma vez, surpreendeu. Nas casas de apostas londrinas, e também entre especialistas, os nomes fortes eram os de sempre, como o japonês Haruki Murakami e americano Philip Roth, além do queniano Ngũgĩ wa Thiong’o. “Ele é o grande poeta, um grande poeta dentro da tradição da língua inglesa. Um autor original que carrega com ele a tradição e está há mais de 50 anos inovando e se renovando”, disse a secretária permanente da Academia Sueca, Sara Danius, após o anúncio solene. Ela ainda comparou Dylan a gigantes da Antiguidade e citou um disco do músicos de 1966, Blonde on Blonde, de faixas como Visions of Johanna, Just Like a Woman, Rainy Day Woman e I Want You, relançada em português pelo Skank. “Homero e Safo escreveram poesias que eram para ser lidas em voz altas, assim como as de Bob Dylan.” (Veja)
Nenhum comentário:
Postar um comentário