A mais promissora das estratégias de combate ao Aedes aegypti é uma bactéria sexualmente transmissível.Wolbachia é uma bactéria que infecta cerca de 60% das espécies de mosquito existentes no mundo, sem ser transmitida para os vertebrados. Infelizmente, na natureza ela não infecta o Aedes aegypti, transmissor de dengue, chikungunya, zika e outras viroses.Digo infelizmente porque, no final da década de 90, Scott O'Neill e um grupo de microbiologistas da Universidade Monash em Melbourne, na Austrália, descobriram que a infecção por Wolbachia interfere com a fertilidade do Aedes e com o sexo de seus descendentes, além de bloquear a reprodução de vírus no organismo do mosquito.Num trabalho de campo conduzido em 2011, o grupo de O'Neill libertou numa cidade da Austrália dezenas de milhares de Aedes aegypti infectados em laboratório pela Wolbachia. Em cinco semanas, 90% dos Aedes selvagens haviam contraído a bactéria. Testes na Indonésia e no Vietnã apresentaram resultados semelhantes.
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