A presidente do Instituto Nossa Ilhéus, Maria do Socorro Mendonça denunciou ontem (11), à tarde, uma ligação telefônica ameaçadora feita à sede da entidade e afirmou que já tomou as providências legais para identificar a pessoa responsável pela iniciativa. No final da tarde, o INI divulgou uma nota pública onde condena as ameaças e afirma que "Infelizmente, esta ocorrência vem confirmar os ventos de coronelismo que ainda sopram em nossa cidade".
"O Instituto Nossa Ilhéus – qualificada como uma Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (iniciativa da sociedade civil organizada) que tem por missão fortalecer a cidadania, a democracia participativa e o empreendedorismo, tendo por base a sustentabilidade e o monitoramento social – torna público que recebeu uma ligação, ameaçadora, na manhã desta sexta-feira (11), desqualificando seu trabalho de averiguar a legalidade das ações do poder público que podem impactar diretamente na vida dos ilheenses. Na ligação em tom raivoso, proveniente de número com final ‘529’, o homem que se identificou apenas como “Paulo”, proferiu xingamentos e afirmou que o instituto presta um “desserviço” à Ilhéus, justamente por buscarmos, por meio de documentos que comprovem a ilegitimidade e o descaso com que trabalham agentes políticos, que, não poucas as vezes, estão a serviço de interesses de poucos. O número do telefone e a origem da ligação e quem trabalhava no local à hora em que a ligação foi realizada, já foi passada para as autoridades competentes. O Instituto Nossa Ilhéus – INI, ao longo dos cinco anos de existência, atua buscando promover transparência no que diz respeito aos atos do poder público constituído, tanto do legislativo quanto do executivo, uma vez que, em muitas ações, existem lacunas de clareza que toda ação de agentes políticos deve ter. A exemplo disso, na tarde de ontem (10), divulgamos um release cujo título é “Zoneamento do Morro de Pernambuco – Ministério Público recomenda e Audiência Pública é cancelada”, disponibilizando os documentos que esclarecem todo o processo, o que pode ter sido o motivo da ira de algumas pessoas envolvidas na situação e por isso, caracteriza o interesse de poucos em detrimento de toda a população. Infelizmente, esta ocorrência vem confirmar os ventos de coronelismo que ainda sopram em nossa cidade. Nossa marca, um farol, inspirada no monumento localizado no Morro de Pernambuco, corrobora a nossa missão de levar a luz dos atos políticos à população, esclarecendo o que pode parecer “bom para a cidade” a princípio, mas, na verdade, não condiz com o que todos queremos: uma Ilhéus mais justa, próspera e que possa proporcionar uma melhor qualidade de vida. Toda questão que envolve a gestão do município, trata do que é público. O valor paisagístico do Morro de Pernambuco é dessa forma, público e por isso, o Instituto Nossa Ilhéus acompanha o processo e divulga os fatos, sem juízo de valor. Ameaças neste nível ou qualquer outra deverão nos motivar a continuar. Quem faz uma ameça dessa natureza, demonstra o quanto está preocupado com os seus próprios interesses e não da comunidade. Essa atitude que desconhece a importância do diálogo e esbanja agressividade é o que não precisa a nossa população. Precisamos de respeito e paz. Portanto, o Instituto Nossa Ilhéus se manifesta no sentido de que sejam respeitadas a dignidade da instituição e das pessoas que nela trabalham, ao tempo em que registra que permanecerá vigilante e continuará acompanhando as ações que impactam no município, a fim de fazer valer o direito à cidadania, que todo e qualquer habitante desta cidade tem, zelando pela garantia da qualidade de vida e do meio ambiente com o qual coexistimos." (JBO)
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