segunda-feira, novembro 14, 2016

Mulheres se queixam de assédio no Uber e criam táticas de defesa


Sexta-feira à noite na zona norte de São Paulo, uma garota de 16 anos chama um carro do Uber para buscá-la no Jaçanã e levá-la até o metrô Tucuruvi, de onde seguiria para sua casa.O motorista puxa assunto: "Vai sair?". A adolescente responde que não. "Mas é um desperdício ir para casa", ele insiste, segundo relato da jovem à Folha. "Não quer ir a uma balada comigo?". "Não."Seguidas negativas –ao menos cinco, diz ela– não impediram que ele seguisse insistindo: "Vou te levar para um lugar legal. Vai ser rápido. Não quer ir a um barzinho?". "Tenho 16 anos", disse a menina. "E daí?", respondeu ele.No meio do trajeto, segundo ela, o motorista deslizou o dedo pelo celular e encerrou a corrida. "Entrei em pânico", diz a jovem, cuja reação foi abrir a porta e pular. "Ela me ligou chorando muito, achei que tivesse acontecido um acidente", conta sua mãe, sobre o caso do fim de outubro.

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