sábado, março 18, 2017

Trabalho de presos esbarra em crise e medo empresarial


A trajetória de Carlos Alexandre Soares, 32, segue um script padrão de jovens que caem no crime no Brasil: cometeu dois homicídios, na Grande Belo Horizonte, foi preso e condenado em 2004.O desfecho, porém, é raro. Em vez de reincidir, como fazem mais de metade dos que deixam as prisões no país, voltou a estudar e hoje é segurança de shopping. "Estou livre faz sete anos. E faz seis anos que tenho carteira assinada."Além da religião, que lhe foi apresentada na cela, ele atribui a guinada às oficinas de trabalho que fez na prisão.Para tornar menos raros casos como esse, uma das propostas do Plano Nacional de Segurança Pública do governo Temer –lançado sob a pressão da crise prisional, com mais de 130 detentos mortos no começo de janeiro– é preparar os presos para o mercado de trabalho.Além da abrangência tímida, porém, ela esbarra em questões como falta de infraestrutura, de experiência profissional de detentos, preconceito, medo de empresários diante da reincidência criminal e até na crise econômica.

Nenhum comentário: