Em 2012, o procurador Ivan Marx, do Ministério Público Federal (MPF) em Brasília, foi designado pela coordenadora da 2ª Câmara, Raquel Dodge, para comandar o grupo de trabalho responsável pela investigação de crimes cometidos durante a ditadura militar (1964-1985).Fora a capacidade de liderança, impressionou-se com o afinco que a nova chefe depositava no serviço.– Não sei a que horas dormia. Mandava e-mail à 1h e às 5h – recorda Marx.Seguidora do estilo "workaholic", Raquel impunha demandas ao grupo, estabelecendo diretrizes e acompanhando o cumprimento de metas. Delegava tarefas, mas também acompanhava de perto o que se passava. Na ação apresentada contra o coronel da reserva Sebastião Curió pelo sequestro de cinco pessoas na Guerrilha do Araguaia, preocupou-se em ler a peça e assinalar sugestões. Embora a voz doce surpreenda, é uma mulher firme.– Tem esse lado suave, mas sabe se posicionar – acrescenta o procurador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário