"Eu sou um alvo para morrer", disse sem cerimônias um jovem de 16 anos com nome bíblico. O menino nunca pegou em arma, não é "envolvido com o crime" nem foi ameaçado. A constatação dele e de outros tantos adolescentes da periferia se baseia na cor, idade, sexo e endereço onde mora. Essa combinação de fatores faz com que ele entre na trágica categoria de "matável". Para o menino, resta criar estratégias de sobrevivência que o proteja da morte, uma possibilidade que se torna forte e quase concreta. A "fala-anunciação" ganha ainda mais força quando apoiada em estudos realizados no Ceará e em dados apontados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).O Estado vive uma das piores crises em segurança pública. Atinge níveis recordes de homicídios.
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