26 maio 2018

Número de pessoas em situação de rua no DF cresce 20%


A vida na rua tem um marcador de tempo diferente, definido por perdas, indiferença e sofrimento. Foi assim com Jackson Silva Oliveira, de 29 anos. Sentado em uma calçada da Quadra 301 do Sudoeste, em frente a uma padaria, nas primeiras horas da manhã, ele espera que alguém pare e o ofereça um pão. Depois, se levanta e segue para estacionamentos, ali mesmo, no Sudoeste, na tentativa de ganhar algumas moedas para o almoço. "Dormir na rua é duro, uma realidade que não imaginei que iria passar", conta o homem, que, em outros tempos, trabalhou em oficinas no Entorno de Brasília.Mariomar Ferreira, 55 anos, também mora por ali. Há um mês, ele saiu de casa, em Imperatriz (MA), a 1.084 mil quilômetros de Brasília, por causa de uma desilusão amorosa. "A minha ex-esposa me traiu, aí abandonei tudo. Ou era isso ou eu cometeria uma grande besteira", relata o aposentado por invalidez que recebe um salário mínimo mensalmente. Chegou à capital federal de carona.

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