Se por um lado o governo tem perdido bilhões com incentivos fiscais, por outro, o que de fato tem sido arrecadado é mal gerido e coloca o País na última posição de um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Dentre os 30 países que mais arrecadam no mundo, o Brasil é justamente o pior em retorno dos impostos em serviço públicos de qualidade à população. De acordo com o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, desde que o estudo começou a ser feito, há oito anos, o Brasil, por não ter mudado a forma como distribui o que é arrecadado, tem permanecido na última posição do ranking. “O grande problema é que o País arrecada muito bem, mas acaba gastando muito com a manutenção da máquina pública, com previdência e demais custos, deixando pouco para os serviços voltados ao bem-estar da população, como o sistema de saúde, educação e saneamento básico”, explica. O estudo do IBPT compara os valores de arrecadação e do PIB com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A carga tributária do Brasil corresponde a 34,13% do PIB, 15ª maior carga do ranking, enquanto o IDH do País é o pior da lista: 0,754 - numa escala que vai de 0 a 1. A Irlanda, seguida pelos Estados Unidos, Suiça, Austrália e Coréia do Sul são os países que melhor fazem aplicação dos tributos arrecadados, em termos de melhoria da qualidade de vida de seus cidadão.
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