domingo, setembro 02, 2018

Bolsonaro mantém vantagem, mas Haddad cresce no Rio

A terceira rodada de pesquisas de opinião para presidente da República feita no Rio de Janeiro pelo Instituto Paraná, em parceria com o Jornal do Brasil, mostra que o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, se mantém na liderança em todos os cenários. Se não fossem contadas as abstenções (soma de votos nulos e eleitores que declaram que não votarão em ‘nenhum’ candidato), Bolsonaro teria mais de um terço dos votos (83,1%) no estado. A pesquisa foi realizada entre os dias 25 e 30 de agosto, antes da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de impugnar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência. No cenário com o ex-presidente, 19,9%, declaram abstenção. Sem Lula, são 26,2%. Bolsonaro cresceu de 29% para 30%, em cenário sem o ex-presidente, enquanto o ex-prefeito Fernando Haddad passou de 1,4% para 5%. No Paraná Pesquisa, entretanto, Haddad não é indicado como candidato substituto de Lula na corrida eleitoral. Quando a substituição é mencionada em outras pesquisas, o ex-prefeito alcança algo em torno de 15% das intenções de voto. “Haddad é cola do Lula. As pessoas já começaram a tomar conhecimento de que ele é o candidato do PT na ausência do ex-presidente. É claro que ele vai subir mais”, disse o diretor do instituto Murilo Hidalgo.
Haddad inicia a campanha em busca da porcentagem do ex-presidente, que é líder em pesquisas de âmbito nacional. No Rio, em cenário com Lula, Bolsonaro cresceu um ponto percentual (28%) se comparado com o levantamento anterior, divulgado no dia 20 de julho. O ex-presidente ficou com o segundo lugar, com 26%. Os dois estariam tecnicamente empatados, considerando uma margem estimada de erro de aproximadamente 2,5% para os resultados gerais. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e a ex-ministra Marina Silva (Rede) apresentam estagnação nas intenções de voto. Alckmin tem 3%, em cenário com Lula, e 4%, sem o ex-presidente. Marina tem 15%, com e sem Lula. Ciro oscilou na casa dos décimos, mas permaneceu com 6%, com Lula, e 9%, sem o petista. “É compreensível uma estagnação porque as eleições começaram, efetivamente, sexta com as inserções e o horário eleitoral. A partir de agora nós vamos ver quem é que cresce, e quem é que desliza e cai”, acrescentou Hidalgo. “O Alckmin tem potencial maior do que os outros por causa do tempo maior no horário eleitoral. Já o Bolsonaro cresceu por causa da exposição que ele teve nesta última semana”. Lula, que está preso em Curitiba desde abril, seria o mais votado entre as mulheres, com 27%, enquanto Jair Bolsonaro tem maioria masculina: 35% contra 21%. Neste ano, as mulheres formam 52% do eleitorado e são também as mais indecisas: 80% não têm candidato (54% indecisas e 26% declararam voto nulo), segundo a pesquisa do Datafolha de junho, com resposta espontânea. Além do avanço de Haddad, a surpresa da vez é o candidato do Partido Novo, João Amoêdo, que deu passou de 1,3%, no último levantamento, para 2,8%, em cenário com Lula. Sem o ex-presidente, ele vai de 1,1% para 3%. O crescimento do presidenciável em todas as pesquisas de intenções de voto confirma a tendência que já vinha sendo observada nas redes sociais. Apesar dos resultados baixos na corrida eleitoral, Amoêdo é o candidato que mais cresce nas buscas realizadas no Google, segundo análise feita via Google Trends. Na pesquisa do Paraná, ele está acima de Alvaro Dias (Podemos) e do candidato do governo de Michel Temer, Henrique Meirelles (MDB).

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