O incêndio no Museu Nacional revela a falta de cuidado do poder público com o acervo histórico e científico do País e foi classificado como um desastre anunciado por pesquisadores e dirigentes de instituições ouvidos pelo Estado neste domingo, 2. “A dúvida não era se algo assim poderia acontecer, mas quando iria acontecer”, disse Walter Neves, antropólogo conhecido como “pai da Luzia”, por ter descrito o fóssil que é considerado o fóssil humano mais antigo das Américas, com 11 mil anos – item do acervo do local.“O museu estava jogado apodrecendo, incluindo a parte elétrica”, criticou Neves, professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP), ainda abalado com a notícia. O incêndio, diz, “é uma consequência direta do descaso do poder público.” O pesquisador criticou ainda o destino dos recursos.
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