As mudanças promovidas nesta semana na cúpula da Globo, com o deslocamento de um jornalista para cuidar de programas do Entretenimento, indicam que transformações profundas na grade de programação vêm por aí. Profissionais acostumados a analisar as movimentações na Globo acreditam que programas como o Vídeo Show e o Bem Estar correm alto risco de acabar, que o Encontro com Fátima Bernardes pode trocar as manhãs pelas tardes e que novas atrações devem estrear em 2019, entre elas uma de Fernanda Gentil (foto) e, por que não?, até uma de Marcos Mion, hoje na Record, mas no radar da Globo. Se isso se confirmar, a Globo pode estar gestando uma das maiores mudanças em sua programação desde a virada do século, quando Marluce Dias da Silva, então diretora-geral, atacou a concorrência e contratou quase de uma só vez Ana Maria Braga (Record), Jô Soares e Serginho Groisman (SBT) e Luciano Huck (Band). A motivação de agora é a queda de audiência.
Na Grande São Paulo, o principal mercado do país, o Vídeo Show não vence a Record há 20 semanas. Em várias capitais do país, o Mais Você, o Bem Estar e o Encontro são presas fáceis para a programação popular e/ou trash da concorrência. A principal novidade na cúpula da Globo é o nome de Mariano Boni, diretor-executivo de Jornalismo, que a partir deste sábado (1º) passa a ser diretor de gênero, responsável pelo que a emissora agora chama de "programas de entrevistas". São eles: o Mais Você, o Bem Estar, o Encontro, o Vídeo Show, o Amor & Sexo, o Altas Horas, o Conversa com Bial e o É de Casa. Não é mera coincidência que nessa lista estejam quase todos os programas que são derrotados ou sofrem forte ameaça da Record e do SBT, entre eles o game de Fernanda Lima e o talk show de Pedro Bial. Na Globo, especula-se que Fernanda Gentil, recém-transferida do Jornalismo para o Entretenimento, possa ocupar um espaço na grade matutina. Alguns até vislumbram um grande programa, de duas ou três horas de duração, fortemente baseado no jornalismo e costurado por quadros ou programas menores sobre culinária, comportamento, família e vida saudável. Nessa nova grade, o Bem Estar acabaria ou, no máximo, viraria um quadro. No pacote de mudanças anunciadas nesta semana, o programa de Fernando Rocha e Mariana Ferrão foi deslocado do Jornalismo para o Entretenimento. Apesar de continuar sob o comando de um jornalista (Mariano Boni), muda muita coisa no Bem Estar. A atração, em tese, poderá ter merchandising, algo proibido no Jornalismo. Seus apresentadores, então, terão de assinar novos contratos. Cerca de 40 profissionais da produção mudariam do Entretenimento para o Jornalismo e ocupariam novos espaços físicos na emissora. Tudo isso vai gerar custos. Então, para quem tem o hábito de "ler" as transformações na emissora, só faz sentido a mudança do Bem Estar para o Entretenimento se o plano for criar um bloco de duas ou três horas de programação sob o comando de um mesmo chefe supremo. Para analistas dos bastidores da Globo, nem Ana Maria Braga está ilesa nos novos tempos. Seu atual contrato pode ser o último. Tudo isso, vale reforçar, são especulações. Não há nada oficial ainda. (Daniel Castro)
Na Grande São Paulo, o principal mercado do país, o Vídeo Show não vence a Record há 20 semanas. Em várias capitais do país, o Mais Você, o Bem Estar e o Encontro são presas fáceis para a programação popular e/ou trash da concorrência. A principal novidade na cúpula da Globo é o nome de Mariano Boni, diretor-executivo de Jornalismo, que a partir deste sábado (1º) passa a ser diretor de gênero, responsável pelo que a emissora agora chama de "programas de entrevistas". São eles: o Mais Você, o Bem Estar, o Encontro, o Vídeo Show, o Amor & Sexo, o Altas Horas, o Conversa com Bial e o É de Casa. Não é mera coincidência que nessa lista estejam quase todos os programas que são derrotados ou sofrem forte ameaça da Record e do SBT, entre eles o game de Fernanda Lima e o talk show de Pedro Bial. Na Globo, especula-se que Fernanda Gentil, recém-transferida do Jornalismo para o Entretenimento, possa ocupar um espaço na grade matutina. Alguns até vislumbram um grande programa, de duas ou três horas de duração, fortemente baseado no jornalismo e costurado por quadros ou programas menores sobre culinária, comportamento, família e vida saudável. Nessa nova grade, o Bem Estar acabaria ou, no máximo, viraria um quadro. No pacote de mudanças anunciadas nesta semana, o programa de Fernando Rocha e Mariana Ferrão foi deslocado do Jornalismo para o Entretenimento. Apesar de continuar sob o comando de um jornalista (Mariano Boni), muda muita coisa no Bem Estar. A atração, em tese, poderá ter merchandising, algo proibido no Jornalismo. Seus apresentadores, então, terão de assinar novos contratos. Cerca de 40 profissionais da produção mudariam do Entretenimento para o Jornalismo e ocupariam novos espaços físicos na emissora. Tudo isso vai gerar custos. Então, para quem tem o hábito de "ler" as transformações na emissora, só faz sentido a mudança do Bem Estar para o Entretenimento se o plano for criar um bloco de duas ou três horas de programação sob o comando de um mesmo chefe supremo. Para analistas dos bastidores da Globo, nem Ana Maria Braga está ilesa nos novos tempos. Seu atual contrato pode ser o último. Tudo isso, vale reforçar, são especulações. Não há nada oficial ainda. (Daniel Castro)
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