Em entrevista ao Blog do Gusmão, nesta quinta-feira (10), o presidente do Sindicato Rural de Ilhéus, Milton Andrade, expôs descontentamento da instituição ruralista em relação às atividades do ex-ministro José Dirceu (PT) na cidade. Na visão do sindicalista patronal, a sociedade ilheense e um conjunto de instituições não foram favoráveis ao lançamento do livro, pois a região que mais sofreu com o PT foi o Sul da Bahia (ele se refere à disseminação criminosa do fungo da vassoura-de-bruxa nos cacauais, que a Policia Federal não apontou culpados). “Zé Dirceu não tem parente aqui, não tem negócio aqui. Por qual motivo ele está em Ilhéus?” Perguntamos se o Sindicato Rural e as demais entidades contrárias podiam falar pela sociedade de Ilhéus. Segundo Milton Andrade, as instituições têm a obrigação de se manifestar contra qualquer fato que abale a sociedade local. “Para isso elas existem”. Ele também questionou a Academia de Letras de Ilhéus. “Os membros da Academia de Letras só são imortais para a literatura?” Na opinião dele, o manifesto da academia, que justificou a não realização do evento devido às infiltrações nas paredes, foi medíocre. “Ele deveriam perguntar quem é Zé Dirceu e o que ele fez pela região”. Perguntamos se o Sindicato Rural e as demais instituições vão se manifestar contra o lançamento do livro, mudado para a Tenda do Teatro Popular de Ilhéus no dia 18 de janeiro. “Se uma instituição pretende abrigar o evento, problema dela. Ela que assuma o ônus perante a sociedade. Todo mundo é livre e desimpedido”. No final da entrevista, Andrade foi taxativo: “A gente não vai permitir qualquer um vir aqui e fazer festa. Ilhéus não é casa de puta”. Também manifestou otimismo com o governo do presidente Jair Bolsonaro, “temos certeza que ele vai fazer grandes melhoras na nossa região”.
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