Subiu para 121 o número de mortes causadas pelo rompimento da barragem de rejeitos de mineração operada pela Vale em Brumadinho, informou a Defesa Civil de Minas Gerais neste sábado (2). O coordenador do órgão, tenente-coronel Flávio Godinho, apontou ainda que o número de pessoas desaparecidas caiu para 226. Entre os mortos, 93 foram identificados. Até a noite de sexta-feira (1), as equipes tinham registrado 115 mortos, apontando ainda 248 pessoas desaparecidas. A Barragem I da Mina Córrego do Feijão passou por duas inspeções estruturais nos dias 8 e 22 de janeiro deste ano, registradas no sistema de monitoramento da Vale, mineradora responsável pela obra. A estrutura rompeu três dias depois, na última sexta-feira, 25, e destruiu o equivalente a 378 campos de futebol de mata. Mesmo com inspeções e um sistema de alerta através de sirenes – que, na hora da tragédia, foi engolfado pelos rejeitos, segundo a mineradora – a lama foi mais rápida em devastar todo o entorno da barragem. Conforme informa a empresa, houve seis vistorias dentro do processo de auditoria externa, além das inspeções internas que ocorriam quinzenalmente, que eram previstas no Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM), conforme estabelece a legislação brasileira. Dois engenheiros terceirizados da Vale, André Yassuda e Makoto Manba, suspeitos de fraudarem laudos técnicos da empresa, permitindo operações e atestando a estabilidade da barragem que rompeu, foram presos em São Paulo. Outros três funcionários da Vale em Minas Gerais também foram presos por estarem ligados diretamente ao empreendimento. A Defesa Civil informou nesta quarta-feira 30 que não precisa de novas doações para auxiliar as vítimas no momento. (Reuters)
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