terça-feira, fevereiro 12, 2019

Produtores de área inundada pelo rio Colônia clamam por ajuda

A Associação dos Agropecuaristas do Sul da Bahia (Adasb), representando dezenas de pecuaristas cujas propriedades rurais estão situadas em áreas afetadas pela inundação da Barragem Rio Colônia, município de Itapé-BA, clama por ajuda às autoridades competentes para uma situação que tem gerado graves consequências econômicas e sociais para produtores rurais e famílias que residem nestes locais. A falta de acessos (ramais) ou mesmo a precariedade de poucos que existem tem gerado transtornos para os moradores das propriedades que estão situadas nas Margens Direita e Esquerda do Rio Colônia. A margem esquerda do rio conta com um ramal de acesso que tem a obra dada como concluída, mas que possui uma série de agravantes. Já a margem direita, ainda não foram iniciadas as obras dos ramais de acesso e hoje deixa cerca de 25 propriedades rurais ilhadas pela formação da Barragem Rio Colônia.
“Nossa região é uma das mais importantes do Estado como produtora de carne e leite, e a maioria dos ramais construídos e em construção não possuem os padrões requeridos para o transporte da produção em qualquer época do ano, o que faz necessitar de correções”, destaca o presidente da Adasb, Carlos Alberto Dantas (Beto Dantas). E completa citando que além dos prejuízos econômicos, como por exemplo, inviabilidade do escoamento da produção, principalmente o leite, pelo fato do acesso a algumas fazendas está sendo feito a barco, e dificuldade de venda do gado por conta da necessidade de travessia a nado dos animais, também existe o agravante de cunho social. “Este agravante que envolve a questão humana é muito sério. Dezenas de famílias que vivem na margem Direita do Rio estão isoladas, inclusive crianças, sem ter acesso a transporte público, pois a única linha existente foi extinta (Itabuna-Itaju via Itapé), a escola e a médico”, denuncia o presidente da Adsb, ressaltando que os proprietários rurais que estão sendo prejudicados aguardam uma providência o mais rápido possível das autoridades competentes. O produtor rural João Francisco de Oliveira Nunes finaliza lembrando que a promessa do Governo do Estado é de que ninguém seria prejudicado. “Se a promessa é de que ninguém ficaria prejudicado pela obra da barragem, certamente que ainda há muito a ser feito”.

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