Num momento de grande tensão nas relações entre o governo e a mídia, a revista "Época", do Grupo Globo, publicou uma reportagem sobre o trabalho de orientação pessoal e profissional ("coaching") oferecido pela psicóloga Heloisa Wolf Bolsonaro. Um repórter da revista se submeteu a cinco sessões de "coaching" online promovidas pela psicóloga e as gravou. A longa reportagem publicada a partir destes encontros não traz nenhum fato desabonador sobre a profissional e, em algumas passagens, chega a parecer promocional. Ainda assim, como seria previsível, o mundo desabou. Uma das críticas principais foi ao método utilizado pelo repórter João Paulo Saconi – ele não se identificou como tal ao procurar a profissional. Jornalistas não são obrigados a se identificar para obter informações de interesse público. Há inúmeros casos de descobertas importantes feitas desta forma. Resta saber se o tema da reportagem justificava esta abordagem e o esforço feito para realizá-la. Na minha opinião, diante do exposto na matéria, não se justificou. O presidente Jair Bolsonaro classificou o conteúdo da reportagem como exemplo de uma "imprensa sem limites" e atacou nominalmente o autor do material, acusando-o de ter quebrado uma regra ética. "[Ele] fez sessões com minha nora Heloísa e gravou tudo. O que deveria ficar apenas entre os dois, por questão de ética, agora vem a público", criticou.
Marido de Heloisa, Eduardo Bolsonaro se disse "perplexo com a covardia do repórter" que fez a matéria. "Imaginava que poderia haver um limite entre o profissional e o pessoal", escreveu, acrescentando que vai tomar medidas judiciais por causa "deste notório crime contra minha família". A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência (Secom) saiu em defesa da mulher do deputado, classificou como "má-fé" a forma utilizada para obter as informações e atacou: "O repórter tenta distorcer informações apuradas com o único objetivo de atacar a família Bolsonaro". Como sempre ocorre nestes confrontos de Bolsonaro com a mídia, o incêndio aumenta com a participação daqueles que não perdem uma oportunidade de atacar a Globo e bajular o governo. Caso do vice-presidente da RedeTV!, Marcelo de Carvalho, que fez o comentário mais pesado. "Entendam uma coisa: até na Máfia existe uma regra que crianças e mulheres são poupadas". E acrescentou: "Deixem a moça em paz. Mas sequer as regras da Máfia se aplicam ao Grupo Globo!! Vamos atacar mulher, vamos fingir-se de repórter ao invés de pedir uma entrevista pelas vias normais!! Vamos mexer com a família! Francamente, deplorável, vergonhoso.". Em nota publicada em seu site, a revista declarou: "Época reafirma o respeito à ética e a retidão dos procedimentos jornalísticos que sempre pautaram as publicações da revista. A reportagem em questão não recorreu a subterfúgios ou mentiras para relatar de maneira objetiva — a bem do interesse do leitor — um serviço oferecido publicamente, com cobrança de taxas divulgadas nas redes sociais.". (Maurício Stycer)
Marido de Heloisa, Eduardo Bolsonaro se disse "perplexo com a covardia do repórter" que fez a matéria. "Imaginava que poderia haver um limite entre o profissional e o pessoal", escreveu, acrescentando que vai tomar medidas judiciais por causa "deste notório crime contra minha família". A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência (Secom) saiu em defesa da mulher do deputado, classificou como "má-fé" a forma utilizada para obter as informações e atacou: "O repórter tenta distorcer informações apuradas com o único objetivo de atacar a família Bolsonaro". Como sempre ocorre nestes confrontos de Bolsonaro com a mídia, o incêndio aumenta com a participação daqueles que não perdem uma oportunidade de atacar a Globo e bajular o governo. Caso do vice-presidente da RedeTV!, Marcelo de Carvalho, que fez o comentário mais pesado. "Entendam uma coisa: até na Máfia existe uma regra que crianças e mulheres são poupadas". E acrescentou: "Deixem a moça em paz. Mas sequer as regras da Máfia se aplicam ao Grupo Globo!! Vamos atacar mulher, vamos fingir-se de repórter ao invés de pedir uma entrevista pelas vias normais!! Vamos mexer com a família! Francamente, deplorável, vergonhoso.". Em nota publicada em seu site, a revista declarou: "Época reafirma o respeito à ética e a retidão dos procedimentos jornalísticos que sempre pautaram as publicações da revista. A reportagem em questão não recorreu a subterfúgios ou mentiras para relatar de maneira objetiva — a bem do interesse do leitor — um serviço oferecido publicamente, com cobrança de taxas divulgadas nas redes sociais.". (Maurício Stycer)
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