O cantor Raul Seixas se tornou um dos assuntos mais comentados da internet nesta quarta-feira (23), mas nada teve a ver com a sua música. Uma revelação feita pelo escritor e amigo Paulo Coelho, fez com que o baiano fosse “cancelado” nas redes sociais. O termo é usado para tentar anular uma celebridade por algo ruim, pelo julgamento dos internautas. Na ocasião Coelho comentou sobre a possibilidade de Seixas tê-lo entregado para a ditadura militar. “Fiquei quieto por 45 anos. Achei que levava segredo para o túmulo”, escreveu nas redes sociais.
O autor comentava o livro “Não diga que a canção está perdida” (da editora Todavia), do jornalista Jotabê Medeiros sobre Raul, no qual Jotabê fala sobre o momento em que Raul foi chamado para depor no Dops (Departamento de Ordem Policial e Social), semanas antes de Coelho ser detido. Segundo Paulo Coelho, na época ele teve acesso a um documento no Arquivo Público do Rio de Janeiro, que citava que o órgão chegou a ele por intermédio do cantor. Após a repercussão do tweet, o autor voltou a escrever e pediu para que os internautas não fizessem isso com Raul. “Não confirmei e não confirmo nada. Eu apenas vi o documento e me senti abandonado na época”, escreveu. Em setembro deste ano, Paulo relembrou a época em que foi detido em entrevista à BBC Brasil. “Chamaram o Raul para depor. O Raul era o cantor. Como diz o Elton John, ‘Don’t Shoot Me, I’m Only the Piano Player’ (Não atire em mim, eu sou apenas o pianista). Mas a eminência parda, o cara perigoso, o ideólogo era o letrista. Então eles me prenderam. Agora, tem que justificar uma prisão. Não acharam nada”, contou. No mesmo dia em que foi liberado após ação de um advogado da família, Paulo Coelho foi sequestrado e ficou recluso pela ditadura. “Quando eu estava preso oficialmente, fichado, com impressão digital, meus pais conseguiram mandar um advogado. Aí, me soltaram no mesmo dia e me sequestraram em frente ao aterro do Flamengo. Me arrancaram do táxi, me jogaram na grama, me botaram a arma. Eu estava entregue. Aí eu fui torturado, apanhei, essas coisas todas”. (Bahia.Ba)
O autor comentava o livro “Não diga que a canção está perdida” (da editora Todavia), do jornalista Jotabê Medeiros sobre Raul, no qual Jotabê fala sobre o momento em que Raul foi chamado para depor no Dops (Departamento de Ordem Policial e Social), semanas antes de Coelho ser detido. Segundo Paulo Coelho, na época ele teve acesso a um documento no Arquivo Público do Rio de Janeiro, que citava que o órgão chegou a ele por intermédio do cantor. Após a repercussão do tweet, o autor voltou a escrever e pediu para que os internautas não fizessem isso com Raul. “Não confirmei e não confirmo nada. Eu apenas vi o documento e me senti abandonado na época”, escreveu. Em setembro deste ano, Paulo relembrou a época em que foi detido em entrevista à BBC Brasil. “Chamaram o Raul para depor. O Raul era o cantor. Como diz o Elton John, ‘Don’t Shoot Me, I’m Only the Piano Player’ (Não atire em mim, eu sou apenas o pianista). Mas a eminência parda, o cara perigoso, o ideólogo era o letrista. Então eles me prenderam. Agora, tem que justificar uma prisão. Não acharam nada”, contou. No mesmo dia em que foi liberado após ação de um advogado da família, Paulo Coelho foi sequestrado e ficou recluso pela ditadura. “Quando eu estava preso oficialmente, fichado, com impressão digital, meus pais conseguiram mandar um advogado. Aí, me soltaram no mesmo dia e me sequestraram em frente ao aterro do Flamengo. Me arrancaram do táxi, me jogaram na grama, me botaram a arma. Eu estava entregue. Aí eu fui torturado, apanhei, essas coisas todas”. (Bahia.Ba)
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