A construção do resort de luxo intitulado como Vila Galé Costa do Cacau foi cancelada pelo grupo hoteleiro português Vila Galé. O anuncio foi feito nesta última segunda-feira (18). O projeto visava fomentar o turismo e a criação de 2 mil empregos nas regiões de Ilhéus, Buerarema e Una, no sul do estado. Pressões públicas e manifestações da tribo Tupinambá foram eficazes para o anulação da edificação. O projeto estava previsto para o ano de 2021. Com o interesse do grupo estrangeiro na região, o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) solicitou a Fundação Nacional do Índio (Funai) a interrupção no processo de demarcação de terras indígenas Tupinambá. No comunicado divulgado pela Vila Galé, a companhia declara ter sido convidada, em 2017, pelo Governo da Bahia em conjunto com a prefeitura de Una para realizar a construção de um resort na localidade. Segundo Jorge Rebelo de Almeida, CEO, ao ser ofertado por um empresário em 2018 o local não apresentava nenhum tipo de ocupação indígena. “No local e em um raio de muitos quilômetros, não havia nem há qualquer tipo de ocupação/utilização, nem sinais de qualquer atividade extrativista por parte de quem quer que seja. Não existe qualquer reserva indígena decretada para esta área, nem previsão de a vir a ser”, relata Jorge. Na declaração emitida, a Vila galé também retrata outros pontos do acordo. Em um dos trechos, a empresa afirma que todos os planos arquitetônicos feitos foram aprovados por entidades brasileiras. O projeto passou por três mandatos Governamentais, com a aprovação de ministros que não aprovaram a demarcação da terra. Após diversos desdobramentos negativos, o grupo decidiu cancelar a construção para evitar um clima hostil. “Com o efeito, não é de nosso interesse que um hotel resort Vila Galé nasça com a iminência de um clima de ‘guerra’, ainda que injusta e sem fundamento”, justificou. (Agência Brasil)
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