domingo, dezembro 15, 2019

Morre o jornalista e diretor de TV, Nelson Hoineff, aos 71 anos

Morreu na manhã deste domingo, aos 71 anos, o jornalista e documentarista Nelson Hoineff. A confirmação de seu falecimento veio por meio de sua conta oficial no Facebook. A causa não foi divulgada pela sua família. O enterro de Hoineff será nesta segunda-feira, às 12h, no cemitério Israelita do Caju, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Hoineff foi também um atuante crítico de cinema e de televisão. Dirigiu os departamentos de programas jornalísticos da extinta TV Machete e passou por SBT, Band, GNT, TV Cultura e TVE do Rio de Janeiro. Seu maior destaque na TV foi o programa “Documento Especial”, exibido na Manchete, SBT e Band entre 1989 e 1998. O programa abordava temas da atualidade e tinha uma linguagem considerada escrachada em tempos pré-politicamente corretos. Foi pioneiro em usar câmera escondida, longos planos sem corte e a retratar pessoas e situações às vezes ignoradas pelo noticiário. Chegou a ser líder de audiência em seu auge, em 1990. Entre as edições consideradas clássicas, estão reportagens como “Os Pobres Vão a Praia”, produzida em 1989 e um grande sucesso de visitas no YouTube até os dias de hoje; além de “Vidas Secas”, documentário sobre a fome no Nordeste, que rendeu ao programa o Prêmio Príncipe Rainier no Monte-Carlo TV Festival.
Além de fundador e por quatro vezes presidente da Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro, Hoineff é co-fundador da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Televisão, da qual foi vice-presidente por duas gestões. Participou ainda da fundação do Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro. Foi membro do Conselho Consultivo da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e também do Conselho Superior de Cinema da Presidência da República e do Conselho Consultivo do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD). Hoineff também dirigiu documentários, como o “Alô Alô Terezinha”, de 2009, que falava da vida e do sucesso de Abelardo Barbosa, o Chacrinha. Ele também assina a direção de “Eu pecador”, sobre o cantor Agnaldo Timóteo, de “Começaria tudo outra vez”, sobre Cauby Peixoto, “82 minutos”, que mostra os bastidores do desfile das escolas de samba cariocas, entre outros. (O Globo)

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