O jornalista, radialista e escritor Waldeny Andrade lança, às 18 horas de quarta-feira (11), no Shopping Jequitibá, o seu mais novo livro, “Noite no Vale do Cotia”. A obra, em contraposição à onda de queimadas e agravos ambientais que causam danos aos biomas brasileiros, particularmente Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica, é uma incursão pelo mundo da ficção literária que narra a luta pela preservação do que ainda resta da cobertura nativa no sul da Bahia. Neste quarto livro, editado pela Via Litterarum, o escritor conta a história de uma família nordestina que foge do semiárido e aporta em Itabuna, atraída pela fama do cacau numa época em que a economia regional passa por mais uma de suas recorrentes crises econômico-financeiras. A saga dessa gente a faz construir uma fazenda de cacau aonde pretende manter em pé a densa floresta nativa abundante e intocada, seus corpos d’água, a fauna e flora. Contra si, os pioneiros têm o desafio imposto por grandes fazendeiros que, com a pecuária como alternativa para obter mais dinheiro, avançam sobre a mata nativa com a consequente devastação da Mata Atlântica. O thriller se passa na área rural de Palestina, atual município de Ibicaraí, onde corre o imaginário Ribeirão Cotia, um dos tributários do Rio Salgado que, com o Rio Colônia, forma mais adiante o Rio Cachoeira. Fazendo contraponto com a vida real, o escritor Waldeny Andrade na obra ficcional lembra que, depois de anos de devastação de suas matas ciliares e das florestas no seu entorno, o Rio Cachoeira definha aos olhos de todos. Transformou-se em um gigantesco esgoto a céu aberto que corta Itabuna e outros municípios acima. Do mesmo modo que as cidades da Bacia do Rio Almada, que recebe quase todo o esgotamento sanitário por falta de infraestrutura e omissão dos governos. É certo que depois do sucesso editorial do seu terceiro livro “Serra do Padeiro – A saga dos Tupinambás”, o escritor Waldeny Andrade tenha amadurecido ainda mais na arte de contar estórias e histórias, aprimorado a técnica literária e se apossado de uma narrativa rápida e eletrizante. Na contracapa, embora o ficcionista diga que “Noite no Vale do Cotia” seja um painel real sobre a Região Cacaueira e que qualquer associação de nomes citados seja simples coincidência, o leitor certamente vai tirar suas próprias deduções pela riqueza de elementos trazidos nesta obra.
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