segunda-feira, março 16, 2020

Dólar fecha a R$ 5 pela 1ª vez na História; Bolsa cai 13%

A rápida disseminação do novo coronavírus por todos os continentes derrubou os mercados nesta segunda e fez o dólar comercial renovar recordes históricos. A moeda americana, pela primeira vez desde a implementação do Plano Real, fechou cotada a 5,061, com alta de 5,16%. O Ibovespa (índice de referência da Bolsa de São Paulo) caiu 13,73%, aos 71.324 pontos. Logo no início dos negócios, as negociações do mercado acionário foram suspensas. Às 10h25m, quando a Bolsa caia 12,53%, foi acionado o circuit breaker, que paralisou as negociações por 30 minutos. A media surtiu pouco efeito e o índice fechou em forte alta. Nos EUA, o mesmo mecanismo foi acionado uma vez em Nova York. Lá, a suspensão também não aliviou o estresse nos mercados. O Dow Jones caiu 12,9%. S&P (mais amplo) e Nasdaq (tecnologia) fecharam com perdas de, respectivamente, 11,7% e 12,32%.
Na Europa, o cenário se repetiu. O Ibex 35, de Madri,recuou 7,88%. A Espanha decretou quarentena nacional. Em Paris, o CAC caiu 5,75%. FTSE 100 (Londres) e DAX (Frankfurt) tiveram desvalorização de, respectivamente, 4,01% e 5,31%. Na Ásia, O CSI300 (que reúne as principais empresas Xangai e Shenzen) registrou perdas de 4,3%. No Japão, o Nikkei caiu 2,46%. Na véspera, em um movimento extraordinário, o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) cortou em um poto percentual os juros, para a banda entre 0% e 0,25%. A medida, porém, teve pouco impacto diante de tamanha tensão nos mercados provocada pela pandemia do novo coronavírus. No Brasil, Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu facilitar a renegociação de dívidas e concessão de crédito, um pacote cujo impacto pode chegar a R$ 3,2 trilhões. Na Europa, o Banco Central do continente liberou 100 bilhões de europs para os bancos, com o objetivo de manter o fluxo de crédito na região.

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