sexta-feira, julho 17, 2020

Brasil contabiliza 1.163 óbitos e 34.177 casos em 24 horas

O Brasil já perdeu quase 78 mil vidas para a Covid-19. Com 1.110 novas vítimas nas últimas 24 horas, o país totaliza 77.932 mortes. Novos 33.959 casos foram confirmados nesta sexta-feira, elevando para 2.048.697 de infectados pelo novo coronavírus. A média móvel de mortes foi de 1.058. O levantamento foi realizado pelo consórcio de veículos de imprensa formado por O Globo, Extra, G1, Folha de S.Paulo, Uol e O Estado de S. Paulo. As informações são coletadas diretamente com as secretariais estaduais de saúde. São três boletins diários e o próximo será divulgado às 8h de sábado. O boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, no ínicio da noite desta sexta-feira, aponta que o Brasil tem 2.046.328 casos confirmados, sendo 34.177 nas últimas 24 horas. A pasta contabiliza 77.851 vítimas fatais, 1.163 a mais que as registradas até quinta-feira. Destes óbitos, 287 aconteceram nos últimos 3 dias.
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou nesta sexta-feira uma nota afirmando que o uso de hidroxicloroquina deve ser abandonado em qualquer fase do tratamento de covid-19. A SBI pede ainda que o Ministério da Saúde reavalia suas orientações de tratamento da doença. Atualmente, a pasta orienta o uso da droga desde o estágio inicial da doença. A nota da SBI tem como base os resultados de dois estudos realizados no âmbito internacional. Em um deles, realizado em 40 estados americanos e três províncias do Canadá, constatou que o uso da cloroquina nos estágios iniciais da doença não teve resultado algum. O estudo comparou pacientes que tomaram o remédio com um grupo que não tomou e constatou que, no grupo que utilizou, não houve melhora do quadro clínico dos pacientes. Outro estudo, conduzido na Espanha, tentou medir se o cloroquina tinha a capacidade de reduzir a carga viral dos pacientes infectados. De acordo com os pesquisadores, o medicamento não foi capaz de reduzir essa taxa. O secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Helio Angotti Neto, reagiu ao ser questionado sobre uma nota da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) contra o uso da cloroquina como parte do tratamento de pacientes da Covid-19 e disse que a palavra “ciência” vem sendo usada como “porrete”. — É claro que há níveis de evidência e estamos fazendo o nosso trabalho de avaliar as evidências. Só peço um pouco de consciência e responsabilidade no uso da palavra ciência. As pessoas estão usando a palavra ciência como se fosse um porrete — disse o secretário em entrevista coletiva nesta sexta-feira. O Ministério da Saúde enviou, na quinta-feira, um ofício a institutos e hospitais federais em que solicita a “ampla divulgação” do uso de cloroquina e hidroxicloroquina para o “tratamento precoce” de pacientes com Covid-19. Segundo o texto, a prescrição do medicamento “integra a estratégia do Ministério da Saúde para reduzir o número de casos que cheguem a necessitar de internação hospitalar”. A orientação vai de encontro ao que afirmam sociedades médicas nacionais e internacionais, especialistas e a própria Organização Mundial de Saúde, que desaconselham o uso do remédio no tratamento à Covid-19.

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