O Brasil tem 1.866.416 casos e 72.153 mortes confirmados por Covid-19, indica o boletim das 8h desta segunda-feira consolidado pelo consórcio de veículos de imprensa formado por O Globo, Extra, G1, Folha de S.Paulo, Uol e O Estado de S. Paulo neste domingo. Os números são compilados a partir das secretarias estaduais de Saúde. As estatísticas da pandemia no Brasil são divulgadas três vezes ao dia. O próximo levantamento será publicado às 13h desta segunda-feira. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde na gestão do interino Eduardo Pazuello. Desde o boletim fechado das 20h de domingo, foram notificados dois novos casos de Covid-19 e 240 mortes a mais pela doença. Apenas Goiás e Roraima atualizaram os dados nesta manhã.
O chefe do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, disse na última sexta-feira que é improvável que o novo coronavírus seja eliminado. O diretor também falou sobre o "esperado" surgimento de novos casos em locais que abriram suas economias, após meses de confinamento, e pediu que os governos promovam suas aberturas de forma lenta. "Na situação atual, é improvável que possamos erradicar esse vírus", afirmou em entrevista coletiva realizada em Genebra. Para o diretor da OMS, ao eliminar aglomerados de infecção, o mundo poderia "potencialmente evitar o surgimento de novos picos e ter que recuar em termos de lockdown". O Brasil vê a Covid-19 disseminar-se de diferentes formas em cada região. A média de óbitos cresce vertiginosamente no Sul, atinge uma vacilante estagnação no Sudeste e cai em poucos estados, como Amazonas, Pará e Rio de Janeiro. O diagrama nacional dos casos fatais segue reto há mais de um mês. O problema é que estacionou em um nível alto demais, um comportamento que não foi visto na maioria das outras nações. Mesmo os estados que conseguiram reduzir a média de óbitos devem seguir cautelosos. No Ceará, por exemplo, a queda do índice de mortes foi interrompida conforme a Covid-19 avançou para o interior do estado. Já o Rio de Janeiro pode ser motivo de novas preocupações nas próximas duas ou três semanas, diante do agravamento do quadro de saúde de pessoas que estariam sendo infectadas atualmente, quando a capital fluminense passa por um período de relaxamento social. A epidemia da Covid-19 parece longe de estar sob controle no Brasil, com taxa de contágio em alta na última semana. O coronavírus aterrissou oficialmente no Brasil em fevereiro e os cientistas ainda têm dificuldades para saber quando o número galopante de contágios será freado. Pesquisador da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, Gabriel Maisonnave Arisi destaca que a pandemia cresce em um “ritmo absurdo”, constantemente chegando a quase 50 mil casos por dia — e esse índice, ressalta, pode ser até seis vezes maior, considerando a taxa elevada de subnotificação. — A pandemia pode até atingir o platô na Grande São Paulo, mas vemos seu fluxo para cidades do interior, onde sequer há estrutura para atendimentos de saúde básica — alerta. Um levantamento divulgado na última terça-feira pelo Imperial College of London alertou que o contágio do coronavírus no país está mais acentuado. De acordo com a pesquisa, o índice de transmissão da Covid-19 é, agora, 1,11— ou seja, cem pessoas contaminadas podem levar o Sars CoV-2 a 111 saudáveis. Na semana passada, o estudou indicou que a taxa de transmissão era de 1,03. Então, a cada cem infectados, 103 eram contaminados pelo coronavírus. O Imperial College realizou a pesquisa em 56 países onde há transmissão ativa do coronavírus. O balanço foi fechado com base nos dados coletados no último domingo, dia 5. O relatório ressalta sete vezes que a notificação de casos e óbitos pela pandemia no Brasil está mudando e que, por isso, essas informações devem ser interpretadas “com cautela”. Não há mais detalhes sobre essa observação.
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