O número de casos confirmados de Covid-19 no Brasil subiu para 2.100.112, indica o boletim das 8h do consórcio de veículos de imprensa formado por O Globo, Extra, G1, Folha de S.Paulo, Uol e O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira. Os números são consolidados a partir das secretarias estaduais de Saúde. O total de óbitos é de 79.535. As estatísticas da pandemia no Brasil são divulgadas três vezes ao dia. O próximo levantamento será divulgado às 13h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde na gestão do interino Eduardo Pazuello. Desde o levantamento fechado da última quarta-feira, às 20h, apenas Goiás e Roraima atualizaram suas estatísticas. Até o momento, são 216 casos de coronavírus notificados pelas secretarias estaduais de Saúde desde a noite de ontem, além de duas novas vítimas fatais. Aos finais de semana, é comum haver um represamento nos números pelas secretarias estaduais em função do expediente reduzido, o que acaba sendo corrigido nos primeiros dias da semana. Normalmente, após uma pequena oscilação, os números voltam a crescer às terças-feiras no balanço fechado, às 20 horas.
Dois casos de possível reinfecção por coronavírus são investigados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Estão sob análise dois pacientes que se curaram da Covid-19 em maio, mas tiveram de novo sintomas da doença em julho. Os testes de ambos voltaram a dar positivo para o Sars-CoV-2. “Os sintomas e testes positivos em dois períodos diferentes poderiam ser explicados por outra virose por um vírus diferente, que causaria confusão porque haveria ainda fragmentos inativos [de Sars-CoV-2] que permaneceram no corpo do paciente”, afirma a instituição em nota enviada à imprensa. A informação sobre a investigação foi antecipada pelo jornal Folha de S.Paulo no último sábado. O secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Helio Angotti Neto, reagiu ao ser questionado sobre uma nota da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) contra o uso da cloroquina como parte do tratamento de pacientes da Covid-19 e disse que a palavra “ciência” vem sendo usada como “porrete”. — É claro que há níveis de evidência e estamos fazendo o nosso trabalho de avaliar as evidências. Só peço um pouco de consciência e responsabilidade no uso da palavra ciência. As pessoas estão usando a palavra ciência como se fosse um porrete — disse o secretário em entrevista coletiva nesta sexta-feira. A nota da SBI foi divulgada nesta sexta-feira e se baseou em dois estudos divulgados recentemente que indicam que a cloroquina não tem eficácia contra a doença. Além disso, o Ministério da Saúde enviou na última quinta-feira um ofício a institutos e hospitais federais em que solicita a “ampla divulgação” do uso de cloroquina e hidroxicloroquina para o “tratamento precoce” de pacientes com Covid-19. Segundo o texto, a prescrição do medicamento “integra a estratégia do Ministério da Saúde para reduzir o número de casos que cheguem a necessitar de internação hospitalar”. A orientação vai de encontro ao que afirmam sociedades médicas nacionais e internacionais, especialistas e a própria Organização Mundial de Saúde, que desaconselham o uso do remédio no tratamento à Covid-19. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, foi uma das instituições que receberam o ofício nesta quinta-feira, assinado pelo secretário de Atenção Especializada à Saúde, Luiz Otavio Franco Duarte.
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