O número de casos confirmados de Covid-19 no Brasil subiu para 2.420.143, indica o boletim das 8h do consórcio de veículos de imprensa formado por Extra, O Globo, G1, Folha de S.Paulo, Uol e O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira. Os números são consolidados a partir das secretarias estaduais de Saúde. O total de mortes é de 87.058. As estatísticas da pandemia no Brasil são divulgadas três vezes ao dia. O próximo levantamento será divulgado às 13h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde na gestão do interino Eduardo Pazuello.
Desde o levantamento fechado do último domingo, às 20h, apenas Goiás e Roraima atualizaram suas estatísticas. Até o momento, são 242 casos de Covid-19 notificados pelas secretarias estaduais de Saúde desde a noite de ontem, além de seis novas vítimas fatais. Aos finais de semana, é comum haver um represamento nos números pelas secretarias estaduais em função do expediente reduzido, o que acaba sendo corrigido nos primeiros dias da semana. Normalmente, após uma pequena oscilação, os números voltam a crescer às terças-feiras no balanço fechado, às 20h. A epidemia do coronavírus bateu um novo recorde neste fim de semana no Brasil, em um sinal de que ainda está longe do fim, estacionando num platô demasiadamente alto que desde o início do mês se mantém acima de mil mortes diárias. No sábado, a média móvel indicou 1.097 óbitos por dia ao longo de uma semana. Onze estados ainda testemunham aumento no número diário de óbitos por Covid-19, em um cenário atribuído pelos cientistas ao afrouxamento excessivo e à desobediência às regras de isolamento social e à falta de coordenação pelo governo federal. O Ministério da Saúde está sem titular desde meados de maio. Desde então, a média móvel diária de mortes aumentou 52%. Em estados como o Rio de Janeiro, apontam os especialistas, a situação é agravada pela falta de diálogo também entre prefeituras e o governo estadual. Ainda segundo os pesquisadores, a disseminação da pandemia cumpre hoje uma terceira etapa — no primeira, concentrou-se no Rio e em São Paulo, as principais portas de entrada do país. Depois expandiu-se para capitais mais pobres, como Manaus e Belém, e agora o contágio migra para a faixa oeste do território nacional, do Rio Grande do Sul a Rondônia. Um levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que o Brasil tem um déficit de 18,2 mil leitos hospitalares no Sistema Único de Saúde atualmente. Segundo os dados, a desativação progressiva dessas unidades de saúde vem ocorrendo desde 2011. O déficit foi amenizado durante a pandemia do novo coronavírus, com a criação de hospitais de campanha no país, no entanto ainda é grave, apontam especialistas. Em 2011, o déficit era de 41 mil leitos de internação no SUS. Desde o início da pandemia, foram criados 22.810 mil leitos. A situação é mais preocupante no Rio de Janeiro, estado que acumula uma perda de aproximadamente 9.300 leitos em 2020. Em seguida, de acordo com o CFM, está São Paulo, com 2.677 leitos a menos desde 2011. O terceiro estado com a situação mais crítica é Minas Gerais, com déficit de 2.643 leitos. Entre janeiro de 2011 e janeiro de 2020, 20 estados perderam leitos do SUS. Com saldo positivo de leitos, sobraram apenas Rondônia, Roraima, Tocantins, Espírito Santo e Mato Grosso. Amapá e Santa Catarina permaneceram estáveis.
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