Os protocolos médicos informam que o novo coronavírus permanece no organismo por 14 dias. Mas, toda regra tem exceção. No caso da presidente do DEM Mulher em Salvador, a baiana Taiana Leal, 27 anos, o vírus permanece no organismo dela há 30 dias. O primeiro exame PCR realizado foi no dia 3 de agosto e deu positivo. Após um mal estar no último final de semana, ela voltou realizar novos testes e, para sua surpresa e da equipe médica, voltou a testar positivo. "A primeira vez, fiz como exame de rotina. Testei positivo, me isolei, mas não tive muitos sintomas, só a garganta arranhando mesmo. Passados os 15 dias, fui liberada pelos médicos, tomando as devidas precauções. Depois de 20 dias, fiz a sorologia e deu IgG e IgM negativo, como se eu não tivesse criado ainda imunidade, mas continuei me cuidando. Na última sexta-feira, comecei com sintomas gripais, no sábado e domingo piorou e na segunda-feira acordei sem olfato, sem paladar e com fortes dores de cabeça. Ontem (terça), fiz o exame PCR e hoje (quarta), peguei o resultado positivo de novo. Ou seja, positivei duas vezes para a covid-19 em menos de um mês", explica.
Diante do novo resultado, ela voltou a procurar os médicos e, segundo conta, a dúvida dos profissionais de saúde é se o caso de Taiana trata-se de uma reinfecção ou se resquícios do vírus detectado no início de agosto continuam no organismo dela. Taiana vai ser submetida a uma tomografia para ver se há algum comprometimento dos pulmões. Ela disse que, no período que achava que estava livre do vírus, chegou a ter contato com outras pessoas, mas sempre de máscara. Ainda assim, ela disse que todos que tiveram contato com ela farão teste para ver se estão com a covid-19. Para o médico infectologista Fábio Amorim, há pacientes que ficam com o vírus no organismo por quatro, seis oito ou 12 semanas. Além disso, épreciso olhar o sequenciamento genético do vírus para saber se o que está replicando no segundo momento é idêntico ao de quando foi detectada a primeira infecção. "Não é tão simples de dizer que ela foi reinfectada. O mais provável é que ela manteve uma replicação mais prolongada, mas não quer dizer que a pessoa seja capaz de transmitir doença porque isso acontece normalmente em uma fase gripal, com espirros, tosse. Passado isso, é pouco provável que retorne uma fase de transmissão da doença. Mas é importante alertar que tudo isso é teórico e precisa comprovar como o vírus se comportou dentro do organismo de cada indivíduo. E cada indivíduo é um universo diferente", finaliza.
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